Economia

Indústrias do Sul vão eliminar consumo supérfluo de energia

23 mai 2001 às 20:00

As indústrias da região Sul do País pretendem eliminar o consumo supérfluo de energia elétrica, como forma de colaborar com o racionamento na região Sudeste. Esse comportamento deverá ser disseminado para o comércio e serviços. Com isso, o setor produtivo pretende criar um excedente de energia para evitar futuros racionamentos.

O acordo sobre economia de energia elétrica no Sul do País foi selado durante reunião ocorrida em Florianopólis, na sede da Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina (Fiesc).


No Paraná, as indústrias deverão optar pelo desligamento de placas luminosas, iluminação externa dos prédios e apagar as luzes de corredores e salas que não estejam ocupadas, informou o presidente da Federação das Indústrias do Paraná (Fiep), José Carlos Gomes de Carvalho. Segundo ele, essas medidas já foram adotadas nos últimos 15 dias e gerou uma economia de 5% no consumo de energia elétrica da região Sul. A meta é economizar até 20% de energia.


Além disso, a indústria pretende adotar o papel de "empresa-cidadã". Segundo Carvalho, os empresários vão disseminar a cultura da economia de energia elétrica entre os funcionários. "O importante é que os funcionários se conscientizem e levem essa preocupação a seus familiares de que o uso de energia elétrica precisa ser reduzido, para que a região Sul não seja incluída no racionalmento", justificou.


A preocupação dos empresários é com as entrada em operação do "terceiro linhão de transmissão" da usina de Itaipu previsto para agosto. As medidas adotadas agora servem para gerar um excedente para que a região Sul possa enviar mais energia para o Sudeste, sem enfrentar as consequências do racionamento.

Carvalhinho assumiu a presidência do Conselho de Infra-Estrutura da Confederão Nacional da Indústria e vai falar nesta quinta-feira na Câmara Federal, durante audiência pública que vai avaliar a situação das reservas hídricas no País. Carvalhinho disse que vai defender o andamento de projetos que geram energias alternativas como o do gás da Bolívia, termelétricas e a nuclear, através da reativação de Angra-3.


Continue lendo