Os acionistas minoritários do extinto banco Bamerindus ganharam mais uma batalha contra o Banco Central e o HSBC, banco que comprou a institutição financeira após intervenção federal. O presidente do Superior Tribunal de Justiça, ministro Paulo Costa Leite, indeferiu o pedido do HSBC para não precisar revelar a documentação relativa à compra do banco paranaense. A decisão já havia sido dada em dezembro pelo Tribunal Regional Federal de São Paulo, mas o banco recorreu na tentativa de anular a decisão.
Desde a intervenção federal, em marco de 1997, o HSBC e o Banco Central se recusam a dar detalhes de como foi feita a operação. Nem mesmo os sócios e donos do antigo Bamerindus conseguiram ter acesso aos documentos. A recusa em abrir a caixa preta levou os acionistas minoritários a entrar na Justiça. Eles lutam para ser ressarcidos pelos prejuízos que tiveram.
Ao todo foram 42,5 mil investidores minoritários que de um dia para o outro perderam todas as ações que possuíam no Bamerindus. Eles nunca foram indenizados pelo HSBC. Na época da intervenção, o grupo detinha 22,5% do controle acionário do banco, o que representava R$ 400 milhões. Com queda na Bolsa de Valores em 1998 e com aumento de capital feito pelo HSBC hoje as ações valeriam em torno de R$ 150 milhões, avalia o presidente da Associação dos Investidores Minoritários, Euclides Ribas.
Leia mais em reportagem de Carmem Murara, na Folha do Paraná desta sexta-feira