Quem ainda quer passar o carnaval no Litoral do Estado deve se apressar. Aproximadamente 80% dos imóveis na praia já estavam reservados até sexta-feira. Na Ilha do Mel, praticamente todas as pousadas e campings estão com lotação esgotada.
Os donos de imobiliárias estão otimistas com a procura neste ano. De acordo com o empresário Antônio Guimarães Pereira, as reservas para o carnaval começaram a ser feitas com bastante antecedência. "Já a partir de dezembro as pessoas estavam procurando imóveis. Este ano está melhor do que o carnaval passado", conta. "Quem deixar para a última hora corre o risco de ficar sem um lugar para se hospedar no Litoral", adverte o empresário Nico Gavlak. Ainda existem vagas, segundo ele, por causa das restrições que os proprietários de imóveis fazem a grupos de jovens. "Eles preferem alugar para famílias, pois muitas vezes os jovens fazem muito estrago e barulho e incomodam os vizinhos", afirma. Os preços das diárias variam do tamanho do imóvel e da distância da praia, ficando na faixa entre R$ 40,00 e R$ 200,00.
Se ainda há chance para quem quer pular o carnaval nas praias, quem sonha em ficar os cinco dias de folia na Ilha do Mel deve se preparar para dar muitos telefonemas. As pousadas e campings já estão com quase 100% de ocupação. "As reservas para o carnaval foram fechadas em dezembro. Agora já estamos sendo procurados para a páscoa", diz Gilciana Pessoa, sócia-gerente de uma pousada na praia de Brasília.
Além de tentar conseguir uma vaga na Ilha do Mel, outra preocupação do folião deve ser o acesso. O Instituto Ambiental do Paraná (IAP) limita em 5 mil o número de turistas que podem permanecer na ilha. "Estaremos controlando a entrada e a saída. Se chegarmos a esse limite, a Polícia Militar vai impedir o acesso já no local de embarque em Pontal do Sul", diz Hamilton Bonatto, coordenador geral da Operação Verão da Secretaria Estadual do Meio Ambiente. No feriado de ano novo, o limite de turistas quase foi atingido. De acordo com ele, a ilha não comporta um número maior de pessoas. "A Ilha do Mel é um ecossistema muito sensível e precisa ser protegida", afirma. O IAP também proíbe que os turistas entrem na ilha com animais domésticos ou que levem dela qualquer espécie vegetal. O instituto disponibiliza um telefone (41 455-1144) para que o turista saiba se o número limite na Ilha do Mel foi atingido.