As montadoras foram as empresas que mais se beneficiaram com os incentivos dados pelo governo do Paraná. Além de contar com as regras estabelecidas no Programa Paraná Mais Emprego, Renault, Volkswagen/Audi e Chrysler contaram com uma série de obras de infra-estrutura e até suporte financeiro. A Renault, por exemplo, conseguiu o Estado como sua sócia em quase 50% do projeto original. O dinheiro foi tirado do Fundo de Desenvolvimento Econômico que servia para financiar o crescimento paranaense.
As montadoras investiram em torno de R$ 3 bilhões para construírem suas fábricas em São José dos Pinhais e Campo Largo, municípios da Região Metropolitana de Curitiba. Junto com elas vieram as fornecedoras. Somente na Audi são 13 empresas que abastecem a montadora pelo sistema "just in time".
Para chegar a esse ponto de atividade industrial, as montadoras contaram com obras de infra-esturura feitas com dinheiro do governo. Foram construídas estradas de acesso, obras de saneamento urbano e estações para geração de energia elétrica.
O governo passou por cima de questões ambientais e permitiu que Renault e Audi se instalassem em áreas de mananciais. No protocolo assinado com a Renault consta uma cláusula, onde o governo do Estado se responsabiliza por qualquer dano ambiental que a montadora francesa cometesse.
O Estado viabilizou para as novas indústrias acesso mais rápido ao Porto de Paranaguá. Houve financiamentos especiais ainda para capacitar mão-de-obra. Hoje a Renault e Audi têm em torno de 2 mil funcionários cada uma. A Chrysler passa por uma crise e pretende suspender a produção nos próximos meses. Ela tem em torno de 250 funcionários.