Em greve há 30 dias, funcionários da Polícia Federal reivindicam aumento salarial de até 80%. Para o governo, a greve é ilegal e por isso não vai ser atendida.
Os grevistas reivindicam o que chamam de "cumprimento da Lei 9.266, de 1996", que prevê a exigência de nível superior para agentes, escrivães e papiloscopistas. Hoje, no entendimento dos grevistas, essas carreiras estão enquadradas como nível médio.
Em nota à imprensa, de 16 de março, o Ministério da Justiça afirma que a reivindicação da Fenapef é ilegal. "Na proposta apresentada pela federação, a diferença de salários entre agentes e delegados seria de, no máximo, R$ 210,67. O que na prática representa uma isonomia salarial. Essa equiparação entre agentes, escrivães e papiloscopistas com os delegados e peritos federais é ilegítima e fere a legalidade", diz a nota.
O MJ diz que esse reconhecimento, impossível, porque ilegal, implicaria um aumento de 80% no salário de agentes e papiloscopistas, com um gasto adicional de R$ 600 milhões anuais para os cofres públicos.
Informações da ABr