O reajuste das tarifas de telefonia fixa poderá ficar em 28,75% em média, caso não haja acordo do governo com as concessionárias.
O índice é resultado da fórmula prevista nos contratos de concessão assinados com a Anatel, que utiliza o IGP-DI dos últimos 12 meses para o cálculo do aumento da cesta de serviços, além da aplicação de um redutor de produtividade de 1%.
Como a fórmula permite a aplicação de um reajuste até 9% maior que o IGP-DI para um dos itens da cesta de serviços, o aumento máximo poderá chegar a 41,75%, desde que a alta seja compensada com reajustes menores para outros serviços.
A cesta de serviços é composta de assinatura (residencial, não residencial e tronco ou PABX), habilitação e pulso. Caso se confirme a prática normalmente adotada pelas empresas e o reajuste seja concentrado principalmente na assinatura básica, a alta seria de 41,75%, o pulso teria um aumento de 35,2% e a habilitação não seria reajustada.
Os ministros da Fazenda, Antônio Palocci, e das Comunicações, Miro Teixeira reúnem-se ainda nesta terça com as concessionárias de telefonia fixa para tentar parcelar o reajuste e evitar um impacto grande na inflação deste ano.
A expectativa é a de que o índice deste ano fique próximo de 20% e o restante ficaria para janeiro de 2004.