Os trabalhadores da montadora de caminhões e ônibus Volvo, na Cidade Industrial de Curitiba, decidiram, no final da manhã desta quarta-feira, entrar em greve por tempo indeterminado.
A paralisação atinge os 1800 funcionários do setor administrativo e da produção da empresa.
Segundo o Sindicato dos Metalúrgicos da Grande Curitiba, os funcionários não aceitaram a proposta apresentada pela empresa nesta quarta-feira.
A Volvo propôs o pagamento à vista de um abono de R$ 600,00 para os funcionários que ganham até R$ 3 mil e de R$ 400,00 para os salários superiores a R$ 3mil.
A categoria reivindica a reposição emergencial das perdas referentes ao Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) de setembro de 2002 até março deste ano.
As perdas chegariam a 14,61% de acordo com os metalúrgicos. Na terça-feira, a Volvo havia oferecido um abono de R$ 500,00 dividido em duas vezes iguais, mas os funcionários não aceitaram a proposta. Atualmente, o piso salarial dos trabalhadores da montadora é de R$ 722,00.
Nesta terça-feira, os 2,8 mil funcionários da Renault, que reivindicam o mesmo reajuste, também entraram em greve por tempo indeterminado por não concordar com o abono proposto pela empresa.
A Renault ofereceu um abono de R$ 360,00 divididos em três parcelas. Lá, o piso salarial é de R$ 690,00.
Já os 2,7 mil funcionários da Audi Volkswagem fazem assembléia nesta quarta-feiral, às 14horas.
Eles vão analisar a proposta da montadora que sinalizou com um abono salarial de R$ 500,00 dividido em cinco vezes e a garantia de de INPC integral na data-base da categoria. O piso na Audi é de R$ 670,00.