O Fórum Popular contra a Privatização da Copel promete ajuizar nesta sexta-feira uma ação popular, junto à Justiça Federal, contra o governo do Estado. O alvo da mais nova investida judicial para impedir a venda da estatal são contratos firmados pelo ex-assessor jurídico da Copel Luiz Alberto Blanchet. O Fórum suspeita que os contratos –vigentes desde 1998– são lesivos aos cofres públicos, uma vez que a consultoria prestada por Blanchet foi paga com recursos públicos, sem licitação.
A ação popular vai solicitar a suspensão dos contratos, a devolução do dinheiro pago, o afastamento da diretoria, a proibição da entrada de Blanchet nas dependências da estatal e a suspensão definitiva do leilão da Copel. Os pedidos foram feitos em separado. Cabe ao juiz responsável pelo julgamento conceder ou não as liminares.
Também será encaminhada uma representação ao Ministério Público federal e estadual para instaurar ação de improbidade administrativa. Esta ação junto ao Ministério Público tem por objetivo embasar uma ação penal. ‘O Fórum quer a destituição do diretor-presidente da Copel, Ingo Hubert, e de toda a diretora da empresa por malversação do dinheiro público’, explicou o advogado da entidade, Guilherme Amintas.
De acordo com levantamento feito pelo Fórum, Blanchet vem mantendo, como pessoa física, uma série de contratos de consultoria com a Copel Geração. São contratos, cujos valores variam de R$ 20 mil a R$ 1 milhão. O problema, segundo Amintas, é que Blanchet, ainda como assessor jurídico da Copel, ajudou a fechar as parcerias com a Tradener, hoje questionadas na Justiça e com a DGW, da qual aparece como sócio, conforme certidão emitida pela Junta Comercial, em dezembro de 2001.
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