Ao contrário do comércio, financeiras e bancos elevaram significativamente as taxas de juros no mês passado. De acordo com dados do Banco Central, a média das taxas cobradas nas operações de crédito pessoal subiu de 5,74% ao mês em maio para 6,25% em junho. Para a aquisição de bens, essa média passou de 3% para 3,5%.
Para o presidente da Associação Nacional das Instituições de Crédito, Financiamento e Investimento (Acrefi), Ricardo Malcon, a explicação desse fato simples: "O dinheiro sumiu do mercado."
Segundo ele, os investidores estão procurando refúgio no dólar, em imóveis e na caderneta de poupança para se protegerem das incertezas que tomaram conta do Pa¡s nas últimas semanas. Ao mesmo tempo, a demanda por crédito diminuiu desde meados de junho.
Pesquisa feita pela Acrefi com 14 instituições confirma a alta dos juros cobrados nas revendas de veículos. Nas operações com prazo até 12 meses para financiamento de novos e semi-novos, a taxa média de juros subiu de 2,47%, na segunda semana de junho, para 2,75% na última semana do mês. Para financiamentos mais longos, de até 36 meses, a taxa passou de 2,78% para 3,09% no mesmo per¡odo.
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