Economia

Fiep, Faep e Ocepar são contra venda da Copel

09 jun 2001 às 12:36

A Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep), a Federação da Agricultura (Faep), a Organização das Cooperativas (Ocepar) e outras entidades também estão contra a venda da Copel. As entidades publicam neste domingo nota oficial nos principais jornais estaduais, defendendo que a privatização da estatal seja postergada, devido à crise energética, conforme a Folha havia antecipado na sexta-feira.

O documento foi assinado por diversas entidades representativas da indústria, comércio e agricultura no Estado. todos que assinaram foram A Federação das Indústrias (Fiep), Federação da Agricultura (Faep), Organização e Sindicato das Cooperativas (Ocepar), Federação do Comércio, Federação das Empresas de Transportes de Cargas e Federação das Associações Comerciais.


No entanto, a Fiep, considerada uma das entidades mais poderosas do Paraná, foi cautelosa ao bater de frente com os planos do Executivo. A nota explica que as federações continuam defendendo o processo de desestatização da economia brasileira e que, quando a privatização da Copel for retomada, as instituições empresariais apreciariam junto com o governo a escolha de um modelo em sintonia com o cenário econômico e político estadual.


O presidente da Fiep, José Carlos Gomes Carvalho, disse acreditar que a postura da entidade vai agradar aos paranaenses. Em abril, Carvalho pediu demissão da Secretaria do Emprego e Relações do Trabalho. Explicou que deixou o primeiro escalão do governador Jaime Lerner (PFL) porque pretende disputar a presidência da CNI (Confederação Nacional da Indústria).


A decisão da Fiep pode servir como respaldo ao Fórum Popular Contra a Venda da Copel, que conta com o apoio de mais de 200 entidades e câmaras municipais. O Fórum entrega, na segunda-feira, à Assembléia Legislativa o projeto de iniciativa popular para barrar a privatização.


Pesquisa realizada pela Faep entre os 186 sindicatos rurais que engloba no Estado revelou que 82% são contrários à privatização. Apenas 18% se manifestaram favoráveis. A pesquisa foi feita em março.

Leia mais em reportagem de Maria Duarte, na Folha do Paraná/Folha de Londrina deste domingo


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