As exportações paranaenses de soja este ano deverão render US$ 1,57 bilhão. Entre grãos, farelo e óleo, a estimativa é que o Paraná exporte 9,05 milhões de toneladas. Serão 4,5 milhões de toneladas de grãos, 4 milhões de toneladas de farelo e 550 mil toneladas de óleo.
Em valores, a exportação prevista para 2002 é cerca de 10% superior em relação a 2001, quando foram exportados US$ 1,43 bilhão. Em toneladas, a exportação deste ano cresce 6% em relação à 2001, quando foram embarcadas 8,58 milhões de toneladas entre grão, farelo e óleo.
Além da receita maior com a exportação, a produção de soja também está conferindo uma melhor rentabilidade ao produtor. O sojicultor está ganhando nesta safra, em média, 25% sobre o custo total de produção. No ano passado, nesta mesma época do ano, a rentabilidade era de 23%. "Ganhar 25% sobre o custo total é um resultado muito bom", avalia Otmar Hubner, engenheiro agrônomo do Departamento de Economia Rural (Deral).
A rentabilidade maior se deve basicamente à questão de mercado. O preço médio recebido em real pela saca de soja este ano está um pouco maior. O sojicultor está recebendo cerca de R$ 20,00 por saca. Em 2001, recebia R$ 16,50. "Com o custo total de produção estimado em R$ 16,00 é possível ganhar R$ 4,00 líquidos por saca comercializada, o que representa 25%", confere Hubner.
A safra de soja deste ano será recorde no Paraná. Segundo cálculos do Deral, poderá chegar a 9,7 milhões de toneladas, o que em receita representa R$ 3,15 bilhões, valor superior ao faturamento da safra anterior, que foi de R$ 2,74 bilhões. A produção, se confirmada, será 15% superior em relação à safra passada, quando foram colhidas 8,6 milhões de toneladas.
Até o momento, 70% das lavouras já foram colhidas e a produtividade média registrada é de 3 mil quilos por hectare, considerado pelos técnicos como um bom resultado. A produção maior nesta safra se deve basicamente ao aumento da área cultivada, que chegou a 3,22 milhões de hectares, um crescimento de 13% em relação ao ano anterior.