Economia

Empresas enfrentam o desafio de reter talentos na área de tecnologia

02 set 2024 às 08:45

Com salários três vezes maiores que a média nacional e uma demanda por 570 mil novos talentos em 2025, o setor de TIC (Tecnologia da Informação e Comunicação) vive um momento de crescimento exponencial no Brasil. 


Ao mesmo tempo, as empresas enfrentam dificuldades para contratar mão de obra qualificada e, principalmente, reter esses talentos. O País não forma profissionais em quantidade suficiente para atender a demanda, mas o problema vai além, passa por uma mudança de cultura nas novas gerações que chegam ao mercado de trabalho.


Londrina concentra cerca de 2,2 mil empresas de TIC, segundo levantamento do Sebrae/PR. Juntas, elas geram aproximadamente 36 mil empregos diretos. O setor é responsável por 10% do Produto Interno Bruto (PIB) do município. 


Referência no Brasil como um polo de inovação e tecnologia, Londrina concentra 13 instituições de ensino superior que ofertam 55 graduações na área. A vocação para a formação de talentos para o setor tem atraído a atenção de grandes empresas, inclusive multinacionais para a cidade, que projetam a geração de milhares de vagas na área.


A velocidade com que a tecnologia avança dificulta a atualização dos cursos de graduação, resultando em uma defasagem entre as habilidades requeridas pelas empresas e as competências adquiridas pelos profissionais durante a formação acadêmica. 


Mas, o segmento tem enfrentado desafios que ultrapassam a dificuldade na contratação de profissionais qualificados e passam pela retenção de talentos. De acordo com empresários e especialistas do setor, a explicação para a “dança das cadeiras” não se resume apenas ao fato de o mercado ter uma alta oferta de vagas abertas e bons salários.


DIFICULDADES COM OS JOVENS 


A presidente do Arranjo Produtivo Local de Tecnologia de Informação e Comunicação de Londrina (APL de TIC), Ana Paula Murakawa, diz que o setor deve enfrentar um “apagão” de profissionais em todo o mundo, porque o crescimento do mercado é muito mais acelerado do que a formação de pessoas. 


No Brasil, a área também sofre com problemas mais estruturais e de difícil solução, como a cultura de formar os estudantes para o vestibular e não para o mercado. Ao mesmo tempo, ela observa que as novas gerações têm buscado outros tipos de formação profissional em vez da graduação e têm chegado ao mercado de trabalho mais tarde.


Leia a reportagem completa na FOLHA DE LONDRINA:


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