Aproximadamente mil empresários de vários segmentos e regiões do Estado participaram do 1º Encontro de Empresas e Responsabilidade Social do Paraná. Promovido pelo Instituto Ethos, a intenção do evento é fomentar a implantação de práticas socialmente responsáveis na gestão empresarial.
Nesse sentido, o instituto firmou dois convênios, um com a Federação das Indústrias do Paraná (Fiep), para que a entidade ajude a divulgar a iniciativa junto às empresas do Estado. Outra parceria foi firmada com o Núcleo de Desenvolvimento do Instituto Superior de Administração e Economia da Fundação Getúlio Vargas (Isae/FGV), para que a instituição atue na geração de conteúdos para os programas.
Criado há três anos, o Instituto Ethos é uma ONG que reúne empresários interessados em incentivar as empresas a atuarem em programas sociais. Hoje, 472 empresas de todo País são associadas ao instituto, as quais somam 1 milhão de trabalhadores e faturamento equivalente a 27% do Produto Interno Bruto (PIB) nacional". Dessas, apenas 12 são do Paraná.
De acordo com a Fiep, no Brasil existem cerca de 210 mil empresas com um total de 5 milhões de trabalhadores. Dessas, 30 mil empresas são paranaenses, com 315 mil empregados. Com parcerias, como as já realizadas com a Associação Comercial do Paraná (ACP) e com a Fiep, a expectativa é utilizar a capilaridade dessas organizações para chegar a novas empresas, distribuir material e capacitar pessoal.
"Nossa intenção é sensibilizar a empresa mostrando que responsabilidade social é uma forma de gestão que traz vantagens", disse o presidente do Instituto Ethos, Oded Grajew, que fez uma palestra sobre "Responsabilidade Social como Estratégia Competitiva". "É uma visão estratégica. A empresa que não aderir em dez anos vai estar fora do mercado. Ela precisa antecipar tendências de consumo, de mercado e competitividade", reforçou a assessora de Relações Empresariais do Ethos, Cristina Murachco.
Grajew lembrou que os ganhos de uma empresa estão relacionados com a qualidade de vida de seus funcionários, que terão mais engajamento e produzirão mais se bem tratados. Também dependem do reconhecimento do consumidor, que cada vez mais se preocupa em adquirir produtos de indústrias com posturas mais corretas, ou seja, que pagam bons salários, dão boas condições de trabalho, respeitam o meio ambiente, entre outras ações.
Já o presidente do Conselho do Ethos e presidente do Instituto Akatu, Hélio Mattar, que falou sobre "Os Novos Desafios da Responsabilidade Social Empresarial", fez um paralelo entre a situação do País e do mundo e a necessidade das empresas se engajarem em ações que signifiquem uma saída para a crise mundial.
"Oitenta e seis por cento das riquezas do mundo são produzidas por apenas dez países. Para resolver os três principais problemas mundiais, que referem-se à nutrição, educação e saúde, seriam necessários US$ 40 bilhões, o correspondente a 0,1% do PIB mundo. Quer dizer, se cada país fosse taxado para dar 0,1% de seu PIB para essas causas sociais, resolveríamos os problemas", disse.
Serviço Onde obter mais informações sobre o Instituto Ethos e como criar um programa social em empresas:
www.ethos.org.br - página do Instituto Ethos na Internet.
(11) 3068-8539 - Telefone da Ethos em São Paulo