Os trabalhadores terceirizados do Centro de Distribuição dos Correios em Londrina, localizado no jardim Bandeirantes, às margens da PR 445, cruzaram os braços nesta quarta-feira (11). A paralisação foi provocada pela falta de pagamentos de salário e benefícios, como vale-transporte e vale-alimentação, no mês de novembro.
Os trabalhadores são contratados por uma empresa com sede no Rio Grande do Sul, que também fornece mão de obra terceirizada para os Correios em outras cidades do Paraná. No Centro de Distribuição de Londrina, são 96 funcionários, que se revezam em cinco turnos diários.
De acordo com os trabalhadores, o contrato da empresa com os Correios acaba no fim do mês de novembro e deve ser substituída. Entretanto, não foram pagos os valores referentes a outubro, que deveria ser quitado no início do mês de novembro.
Segundo um dos trabalhadores que paralisaram hoje, a empresa "sempre foi meio enrolada”, atrasando salários e benefícios. "Logo que entrei, há três meses, os outros colegas tinham me avisado que, algumas vezes, eles não depositavam o vale transporte ou o vale alimentação e, às vezes, até deixavam de pagar o salário de alguém, que só era quitado no mês seguinte. Mas era algo pontual. Este mês, foi [dado o calote em] todo mundo”, explica.
A preocupação dos trabalhadores é ficarem sem salários e benefícios. "Enquanto não nos pagarem, não voltamos a trabalhar”, disse.
A presidente do Siemaco (Sindicato dos Empregados em Empresas de Asseio e Conservação de Londrina e Região), Izabel Aparecida de Oliveira Petit Maitré, afirma que uma reunião com representantes da empresa e dos trabalhadores no Paraná foi feita em Curitiba, na tarde desta quarta, mas que ela ainda não tinha o resultado do encontro. "Mas a proposta é, enquanto o tomador dos serviços não regularizar os ganhos dos trabalhadores, eles permanecerão afastados”, avisa.
Em nota enviada nesta sexta-feira (13), "Os Correios esclarecem que estão efetuando, de forma regular, os pagamentos à empresa terceirizada e apurando a situação. Caso seja identificada alguma irregularidade contratual, a estatal procede com a devida análise e aplicação das sanções administrativas cabíveis. Para mais informações, entrar em contato com a empresa MG."
Atualizada em 13/11/2020 às 10h55.