Desde 21 de setembro do ano passado o dólar não sobe tanto em um único dia quanto subiu ontem. Após uma queda de braço entre o mercado e o Banco Central, a moeda norte-americana encerrou o dia com alta de 2,40% (contra 2,64% registrada naquele dia), cotada a R$ 2,595 na compra e a R$ 2,597 na venda.
A Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) fechou em queda de 0,46%, a terceira seguida. O C-bond, principal título da dívida brasileira negociado no exterior, fechou em baixa de 3,87%, caindo para 71,38% do valor de face.
A crise da dívida brasileira está por trás desse pessimismo. Os bancos vendem ações para comprar ativos mais seguros, em especial após as perdas obtidas com cupons cambiais - papel cuja taxa de retorno equivale aos juros do período considerada a variação do dólar - e com a nova regra de ajuste nos fundos de investimento.
Para compensar as perdas, os operadores compram dólares - como o volume de negócios é baixo, a cotação da moeda norte-americana oscila mais - ou buscam refúgios de segurança, como os papéis de companhias exportadoras. A ação ordinária da Companhia Vale do Rio Doce subiu ontem 2,25%, cotada a R$ 77,50 - a maior cotação do ano. O ouro negociado fechou com alta de 1,41%, cotado a R$ 27,28.
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