Em mais um dia tranqüilo no mercado financeiro, o dólar fechou nesta quinta-feira em leve queda de 0,14%, cotado a R$ 2,94.
De acordo com a Century Investimentos, o feriado de Ação de Graças nos EUA tirou praticamente todos os players de comércio exterior do mercado de câmbio e trouxe as atenções para o noticiário interno e para o fluxo financeiro.
Entre as notícias, merecem destaque a aprovação da reforma da Previdência em primeiro turno no Senado, no início da noite de quarta-feira e a continuidade dos trabalhos nesta quinta.
Também deve ser ressaltada a ata do Copom, que além de já ser alvo de
curiosidade devido à decisão inesperada de corte de 1,5 ponto porcentual na
Selic, ganhou ainda mais importância depois do anúncio de que o PIB do
terceiro trimestre ter crescido somente 0,4%.
Mas apesar de esse rol de notícias ser importante, o que comandou a
trajetória da cotação do dólar foi o fluxo e o giro das tesourarias. Nas operações de giro, devem ter pesado os interesses dos investidores que têm dívida cambial a ser resgatada no próximo dia 1º. O vencimento total é de US$ 2,257 bilhões, mas o BC rolou somente 15,11% desse total, o que resultará num enxugamento de cerca de US$ 1,9 bilhão na próxima segunda-feira. Os donos dessa posição que será liquidada pelo BC têm interesse em uma ptax alta na sexta, pois isso maximiza seus lucros.
As informações sobre a ata do Copom, somadas ao resultado do PIB, embora não tenham determinado os negócios dos investidores hoje, merecem atenção e
podem ter influência no médio prazo. Segundo as primeiras avaliações dos
analistas, o documento não explicou o corte de 1,5 ponto porcentual da
Selic, nem considerava a frustração com o PIB (como chegaram a cogitar
alguns especialistas depois de conhecerem a taxa de crescimento de 0,4% no
terceiro trimestre do ano).