A taxa de desemprego na Região Metropolitana de Curitiba foi de 3,93% da população economicamente ativa em dezembro. O resultado representa a menor taxa desde abril de 1999, quando a pesquisa começou a ser feita. Os dados foram divulgados pelo Instituto de Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes).
O menor número até então era de 5,11%, verificado em dezembro do 99, quando havia 59 mil desempregados. Hoje, há 46 mil pessoas que não conseguem emprego ou ficaram desempregadas recentemente na Grande Curitiba.
A pesquisa mostrou que Curitiba tem a segunda menor taxa de desemprego do País, atrás do Rio de Janeiro com índice de 3,3%. Os cálculos tomam como base uma população economicamente ativa de 1,16 milhão de pessoas nos municípios que integram a Região Metropolitana de Curitiba.
A taxa de atividade, que indica as pessoas com mais de 15 anos inseridas no mercado de trabalho, foi estimada em 63,3%, em dezembro. O percentual é inferior ao registro de novembro, quando o índice de atividade foi de 64,3%.
O levantamento mensal do Ipardes apontou ainda que os setores que mais empregaram foram a Indústria de Transformação e o Comércio. Já o setor de serviços demitiu, enquanto que construção civil manteve uma estabilidade.
O rendimento médio dos trabalhadores foi de R$ 716,27 em novembro, sendo que os salários foram pagos em dezembro. A remuneração média representa 4,7 salários mínimos.
Ainda sem saber das notícias de demissão no setor automotivo paranaense, o diretor do Centro Estadual de Estatísticas do Ipardes, Arion Foerster, afirmou que o nível de emprego deve se manter estável nos primeiros meses deste ano. Enquanto a Audi demitia trabalhadores temporários, Foerster dizia: ""Um dos melhores indicadores desta perspectiva está na efetivação de muitos empregos temporários"". Ele ainda disse apostar que a Renault irá contratar, pois pretende aumentar de 20 para 40 unidades ao dia.