Na próxima semana, a Delegacia de Estelionato de Curitiba vai convocar os correntistas do Itaú/Banestado lesados pelo sumiço de dinheiro de suas contas no mês passado. Eles devem oficilializar as queixas contra os suspeitos que estão sendo investigados.
A polícia chegou a essas pessoas através de comparações feitas por sistemas de câmeras digitais em caixas eletrônicos do banco. O golpe, que atingiu 74 pessoas em Curitiba e 30 em Londrina, está estimado em mais de R$ 250 mil.
Segundo o delegado titular de Estelionato, José Carlos Cruz, a identificação dos suspeitos ainda não foi feita. "É um trabalho difícil, porque as imagens são apenas vultos", disse. O delegado disse que achou curioso o fato de a maioria das contas violadas pertencem a funcionários públicos. "Estamos averiguando se isso é algo mais que uma coincidência", relatou.
O gerente de Relações Institucionais do Itaú/Banestado, Aldous Galletti, disse que a maior parte dos prejudicados era funcionário público estadual porque esse grupo compõe a grande parte da massa de clientes do banco, e não vê relação com o crime. Ele afirmou que ainda não há informações completas sobre como o roubo foi feito.
A polícia concluiu que foi caso de clonagem de cartão, e não invasão do sistema do banco por hackers, como inicialmente havia sido levantado. Segundo Galletti, há diversas formas de clonagem. "Não é preciso ter em mãos o cartão da pessoa. Há máquinas em estabelecimentos não confiáveis que conseguem copiar a senha do cliente, e passam todos os dados para outro cartão", exemplificou.