A Chrysler não confirmou se vai anunciar, durante a reunião com a Federação dos Metalúrgicos do Paraná, nesta sexta-feira, a decisão final sobre o destino da planta em Campo Largo, Região Metropolitana de Curitiba. A empresa também não adiantou as informações extra-oficiais de que ela vai manter a produção no Paraná.
Se a planta for desativada, a montadora tem que pagar cerca de R$ 100 milhões ao governo estadual, por ter recebido benefícios fiscais para a sua instalação.
O vice-presidente da Federação dos Metalúrgicos, Cláudio Gramm, diz que o governo estadual deveria tomar alguma medida sobre a indefinição da Chrysler. "Nós não sabemos o que tem no acordo, apenas que a fábrica tem que pagar a multa ao governo. Mas parece que o governo não se preocupou sobre o impacto social causado pelo fechamento da fábrica e pela perda dos empregos", opina. Gramm diz que a federação gostaria que a montadora cumprisse com o protocolo assinado na instalação, que era a criação de 400 empregos. "Ficou parado nos 250 vagas", critica.
Gramm revela que há boatos que na reunião desta sexta, às 15 horas, na Procuradoria Geral do Trabalho, a Chrysler vai prorrogar as férias coletivas dos funcionários, que terminariam no sábado. "Não queremos essas soluções conta-gotas, queremos logo uma definição", afirma.
De acordo com Gramm, a federação quer garantias que a montadora vai manter todos os funcionários. Segundo a assessoria da entidade, cerca de 30 dos 250 funcionários que estavam de licença remunerada já pediram demissão da fábrica, por medo de ficarem sem emprego.