Os debenturistas da quarta emissão pública da Inepar aceitaram prorrogar o prazo de vencimento para o pagamento da primeira parcela de juros dos papéis, conforme propôs a empresa. O prazo para quitação da emissão de debêntures, papéis que pagam juros, venceu no último dia 5 e a Inepar pagou o principal. A empresa saldou a emissão no valor de R$ 217 milhões, mas deixou de pagar R$ 18 milhões de juros.
Pela proposta, o vencimento passa de 1º de fevereiro de 2002 para 30 de junho de 2002. Os debenturistas autorizaram a administração da Inepar e o agente fiduciário a alterarem a Escritura Particular de Quarta Emissão, celebrada em 12 de janeiro de 2001, bem como a providenciarem todos os documentos necessários à implementação da mudança. A proposta da Inepar foi discutida em assembléia geral de debenturistas (AGDEB) realizada no dia 5 de abril. As debêntures da quarta emissão são conversíveis em ações ordinárias e preferenciais.
O mercado apurou que a Inepar planeja fazer uma outra emissão de debêntures no mês de maio, no valor de R$ 275 milhões. Se o mercado comprar as debêntures poderá ser a solução para a empresa que vem rolando uma dívida de R$ 200 milhões, conforme divulgou o jornal ''O Valor'' na edição de sexta-feira. Em entrevista ao jornal, o presidente da Previ (fundo de pensão do Banco do Brasil), Luiz Tarquínio, admitiu que a relação entre os fundos de pensão (Previ, Petros e Centrus), sócios da Inepar, com o controlador da empresa Atilano de Oms Sobrinho são tensas.
Leia mais em reportagem de Vânia Casado, na Folha de Londrina deste sábado