O crescimento no nível de emprego formal em fevereiro da Região Metropolitana de Curitiba (RMC) foi de 0,32%, e no interior do Paraná, de 0,28%. Na RMC o acumulado do ano ficou em 0,81%, um valor 48,54% maior do que o primeiro bimestre de 2000. O estado registrou 1,4 milhão de trabalhadores com carteira assinada. Os números foram divulgados ontem pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Sócio-Ecônomicos (Dieese).
Para o economista técnico do Dieese, Cid Cordeiro, esses números mostram um bom crescimento da economina paranaense, que também deve ocorrer em março. Porém Cordeiro disse que o número de vagas no Estado deveria ser bem maior, de acordo com a taxa de crescimento populacional. Segundo ele, em 1992 havia 4,1 milhões de ocupados (trabalhadores com carteira e sem) e em 1999, 4,4 milhões. "O Paraná gerou 300 mil empregos, e deveria ter sido 500 mil."
Considerando os meses de março de 2000 a fevereiro de 2001, São José dos Pinhais foi a cidade no Paraná que mais gerou empregos, com um crescimento de 9,8%, seguido de Almirante Tamandaré com 8%, e por Pinhais, com 7,5%. Entre 35 municípios, Curitiba ficou em 17º (2,7%), e Londrina em 11º (4,2%). O pior índice foi registrado em Francisco Beltrão, com uma queda de 11%.
De acordo Cordeiro, o crescimento de vagas em São José dos Pinhais ocorreu por causa da instalação de montadoras e fornecedores no local. "Dos investimentos vindos para o Paraná nos últimos cinco anos, de 35% a 40% foram para São José", explicou Cordeiro. Já em Almirante Tamandaré o setor de serviços foi o que mais contratou.
As áreas demitiram em Francisco Beltrão foram a indústria de construção e o comércio, apontou Cordeiro. Em Castro, que registrou o segundo pior índice do Estado, com uma queda de 9,71%, os responsáveis foram o setor agropecuário e a indústria de transformação.
Na RMC, o setor que mais contratou em fevereiro foi o de ensino, com 3,19%, motivado pelo início das aulas. Outros setores que contrataram bastante foram as indústrias de materiais elétricos e de comunicações (2,24%) e as de transporte (1,38%). A área que mais perdeu vagas foi o de calçados, com um índice negativo de 3,7%. Comparando a RMC com outras oito capitais, ela ficou em quarto lugar em fevereiro e em terceiro no acumulado do bimestre.