A aprovação pela Corte de Falência dos Estados Unidos do plano apoiado pelo governo norte-americano de venda dos ativos da Chrysler para a montadora italiana Fiat irá salvar milhares de empregos nos EUA e, ao mesmo tempo, dar à marca uma nova vida, disse hoje o presidente norte-americano, Barack Obama. A decisão "abre caminho para que a nova Chrysler saia com sucesso da concordata, como uma nova, mais forte e mais competitiva empresa no futuro", afirmou Obama.
A Chrysler entrou com pedido de concordata em 30 de abril, por meio de um acordo que dá ao governo norte-americano uma significante participação na companhia, a qual já recebeu bilhões de dólares em ajuda do governo. "Como resultado do grande comprometimento do governo dos Estados Unidos e dos duros sacrifícios de todos os acionistas envolvidos, a Chrysler tem uma nova vida", disse Obama.
A montadora norte-americana informou hoje que o tribunal de falências de Nova York aprovou o pedido da companhia de vender praticamente todas as suas operações para a Chrysler Group LLC, nova empresa formada em aliança com a italiana Fiat. As operações do grupo no México, Canadá e em outros países também serão adquiridas por esta empresa.
Como foi anunciado no dia 30 de abril, Robert Nardelli, atualmente presidente e executivo-chefe (CEO) da Chrysler, vai renunciar aos cargos quando a transação for concluída e voltará ao grupo de private equity Cerberus Capital Management LP como consultor.
O juiz Arthur González rejeitou argumentos de alguns credores e concessionários da Chrysler, que tentaram bloquear a transação. Ele destacou no relatório de 47 páginas que a Fiat é a única alternativa viável à liquidação imediata da montadora.
A Chrysler Group LLC será controlada pelos governos dos EUA e do Canadá, por um fundo administrado por sindicatos e pela Fiat. As informações são da Dow Jones.