Economia

Copel: governo quer cobrar precatórios

22 dez 2000 às 11:12

O secretário da Fazenda e presidente da Copel, Ingo Hubert, disse que o governo estadual pretende resgatar as ações da Copel com a recuperação de créditos devidos ao Paraná pelos governos de Pernambuco, Alagoas e Santa Catarina. Essas dívidas são resultados de operações mais desastradas do Banestado Leasing.

De acordo com Hubert, os R$ 630 milhões (já corrigidos pela taxa Selic) em ações da Copel serão pagos dentro de um período de um ano. Essas ações hoje estão em mãos do Itaú - atual controlador do Banestado. "Antes de 12 meses não será possível, mas o governo vai reservar dinheiro para as ações da Copel que estão com o Itaú", afirmou Hubert, durante a cerimônia em homenagem ao governador Ney Braga.


Neste período, o governo estadual vai se valer da pressão do Banco Central sobre os estados que devem esses recursos ao Paraná, que acabaram se tornando "micos" na mão do Banestado Leasing. Ao ser pressionado para explicar de que forma o governo vai atuar nessa negociação, Hubert deconversou. O secretário não quis detalhar como vai convencer o governo catarinense a pagar as dívidas. O governador Esperidião Amin (PPB) já afirmou à imprensa ser contrário ao pagamento dessas dívidas.


"Essa matéria é assunto passado e já está resolvida com o Itaú", avisou o governador Jaime Lerner, antes da divulgação da notícia sobre a liminar que isentou o governo do Paraná a resgatar as ações da Copel. Lerner disse que as conversações com o Itaú era uma das etapas normais do processo de privatização do Banestado.


Orçamento


O secretário da Fazenda, Ingo Hubert, disse que está terminando de avaliar em que pé estão as contas estaduais, que eram administrada até novembro pelo ex-secretário Giovani Gionédis. Segundo ele, as análises sobre os créditos do governo vão dar ao governo "maior credibilidade para se posicionar frente aos seus credores".

O secretário disse que já está concluindo de que forma vai gastar os R$ 12,8 bilhões do orçamento e quais serão as prioridades para 2.001. Ele afirmou que deve primeiro pagar as pendências que o estado tem com as prefeituras, referentes a convênios firmados com os municípios e também com os fornecedores. Hubert disse que as emendas dos deputados não são prioritárias.


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