A corretora de valores Fator-Dória Atherino S/A, o Banco do Brasil e o Banco Fator, em nome do governo do Estado, começaram a comprar as ações da Copel que estão nas mãos dos acionistas minoritários. A intenção do governo é adquirir a totalidade dos 14,96% de ações ordinárias nominativas que representam o capital total da empresa. As ações são compradas por um preço 30% inferior à cotação mínima feita para o leilão, marcado para 31 de outubro. Apesar do deságio, analistas de mercado garantem que os minoritários que fizerem a venda terão lucro.
O analista de uma corretora de São Paulo afirmou que "dificilmente" os papéis da Copel estarão mais valorizados para os pequenos investidores após a privatização. "As ações normais que ficam fora do bloco de controle acionário sempre valem menos. Quem não aceitar a venda agora, vai vender depois por menos", disse.
As ações ordinárias da Copel valiam R$ 15,78 o lote de mil, três meses antes da fixação do preço para os minoritários. "Se a Copel for vendida pelo preço mínimo, o lote de mil valerá R$ 25,20. Depois da privatização, corre-se o risco de o papel da Copel voltar ao patamar original", afirmou o analista da corretora paulista.
O preço ofertado para a compra das ações é composto de uma parcela fixa e uma variável. A primeira corresponde a R$ 11,50 o lote de mil ações, acrescido da Taxa de Juros a Longo Prazo (TJLP) mais 8% ao ano até a data do leilão. A segunda parcela corresponde a 30% da diferença entre o preço mínimo de venda e o preço de R$ 11,50. Se houver adesão maciça dos minoritários, o preço do lote de mil ações será de R$ 25,50 no dia do leilão.
Os minoritários que venderem suas ações receberão o dinheiro sete dias após a privatização. Se ela não ocorrer, a operação de venda fica suspensa.