O consumo de energia elétrica no Paraná cresceu 6,7% no ano passado em relação a 1999. Conforme a Companhia Paranaense de Energia (Copel), isso representa o consumo de uma cidade do porte de Londrina durante os 12 meses do ano, que é de cerca de 1.000 Gigawatts/hora (GWh).
De acordo com informações da assessoria de imprensa da companhia, o consumo no Estado atingiu 16.650 Gigawatts/hora (GWh) no ano passado contra 15.611 GWh em 99. Em 2000, as indústrias usaram 6.868 GWh. Os consumidores residenciais vêem logo na sequência, com um consumo de 4.447 GWh. O comércio, por sua vez, consumiu mais 2.563 GWh. Na área rural, foram consumidos outros 1.129 GWh no ano passado. Por fim, o consumo em iluminação pública, serviços públicos, poderes públicos e da própria Copel, somou mais 1.643 GWh. Beneficiada por ser uma região superavitária em geração de energia elétrica, o Sistema Sul (exceto a Usina Hidrelétrica de Itaipu) ainda abastece o sistema do Sudeste, que trabalha de maneira interligada, com 800 MegaWatts (MW) médio por dia.
O setor que registrou o maior crescimento de demanda energética no mesmo período foi o da indústria, com 10,1%, que também é o segmento com maior participação no total consumido, respondendo por 41% do consumo de energia no Paraná. A demanda no comércio cresceu 7,5%. O consumo na área rural aumentou 4,3% e no conjunto iluminação pública, poderes e serviços públicos e consumo da Copel o acréscimo foi de 2,6%.
As chuvas deste ano também acabaram ajudando ainda mais os paranaenses e, por consequência, o resto do País. Os reservatórios das usinas pertecentes à Copel estão com bons níveis de água e entram no período de estiagem com vantagem em relação às usinas de outras regiões brasileiras, que devem entrar na campanha de racionamento de energia anunciada pelo Governo Federal no último domingo. A economia deve ser iniciada com o corte de fornecimento de energia em locais considerados supérfluos.
Mesmo diante desse cenário favorável, o Estado (e a região Sul) não está livre de participar do esquema de economia de energia, justamente por se tratar de um sistema interligado. Com a falta de água nas demais regiões brasileiras, aumenta a responsabilidade de participação do Sistema Sul.