Economia

Combustíveis mais baratos agradam motoristas e postos

06 mai 2003 às 08:13

Após o feriado de 1º de Maio, o preço da gasolina em Londrina baixou de R$ 2,13 para R$ 2,07 nos postos mais barateiros.

A partir daí, houve um efeito cascata que hoje atinge cerca de 20 estabelecimentos na cidade.


A redução que estava em prática nos últimos 30 dias ganhou força com a intervenção do governo e agradou em cheio ao consumidor.


Embora a satisfação seja geral, tanto motoristas quanto empresários acreditam que ainda há possibilidade do preço do combustível cair mais.


Em Curitiba, por exemplo, a gasolina era vendida no final da semana passada a R$ 1,99 o litro.


''Não podemos comparar mercados diferentes'', defende o presidente estadual do Sindcombustíveis, Roberto Fregonese.


Segundo ele, uma nova redução no preço da gasolina deve surgir com o aumento de 5% de álcool anidro misturado a ela, conforme anunciou a Petrobrás.


Há pouco tempo, a advogada Elizabeth de Oliveira Santana deixava o carro em casa e pegava carona com a sócia para economizar combustível.


Hoje, ela anda mais de carro e se diz confiante nas promessas do governo. O empresário Iro Costa disse que cortou um pouco os passeios para economizar no diesel que abastece sua caminhonete.


Nesta segunda-feira, ele pagou R$ 1,37 pelo litro deste combustível mas, na sua opinião, o mercado local tem condições de vender o produto a R$ 1,30.


Desde que o preço começou a cair, o gerente Devair Soares viu o fluxo de clientes aumentar em 40%.


Só no último final de semana, o acréscimo foi de 30% graças à nova tabela que oferece a gasolina a R$ 2,07, o álcool a R$ 1,33 e o diesel a R$ 1,45.


Coincidentemente, ele disse que deixou de receber telefonemas de concorrentes que o pressionavam a igualar seus preços.


Para outro gerente, que não quis se identificar, o setor tem sido bode expiatório para muitas pessoas que querem se promover.


''Se o posto vende pouco, ele tem que cobrar mais pelo produto. Esse é o caso de Londrina que possui muitos estabelecimentos para um mercado pequeno. Não se pode analisar apenas o preço, é preciso levar em conta o custo operacional que varia de uma cidade pequena para outra de médio porte. Para um posto funcionar, ele tem que ter uma margem de lucro de, no mínimo, 15%'', comentou.


Segundo Fregonese, a intervenção do governo provocou uma redução homogênea no Paraná que baixou o preço do litro em R$ 0,10, na média.

''Hoje em dia, podemos dizer que nosso Estado tem o combustível mais barato do País'', afirmou.


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