A Copel deu mais um passo em direção à privatização da Compagas com a aprovação, pelo Conselho de Administração da companhia de energia elétrica, da contratação das assessorias necessárias para estruturação e execução de uma possível venda da fornecedora de gás. A informação foi publicada em Fato Relevante, na última quarta-feira (20).
A alienação da Compagas estava nos projetos do governador Ratinho Junior desde o seu primeiro mandato e a expectativa era de que acontecesse até julho deste ano, mas o processo atrasou e só saiu após a desestatização da Copel. O leilão deverá acontecer na B3.
A distribuidora paranaense de gás canalizado é controlada pela Copel, privatizada no último mês de agosto. A companhia de energia elétrica detém 51% do capital social total da Compagas e votante. A Commit Gás e a Mitsui Gás e Energia do Brasil possuem, cada uma, uma fatia de 24,5%, totalizando os 49% restantes das ações da concessionária.
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O projeto de venda do controle da Compagas ganhou mais força com a renovação da concessão, no final de 2022, por mais 30 anos, estendendo-se até 2054.
O setor produtivo acompanha atentamente todas as movimentações envolvendo o fornecimento de gás natural no Estado. Ao contrário do que ocorreu na privatização da Copel, o Paraná não permaneceria com ações da empresa de gás e sem golden share, o governo perderia o poder de veto na empresa após a privatização.
“Nossa preocupação, em todas as nossas conversas, é no sentido do preço do gás”, disse o gerente executivo de Assuntos Estratégicos da Fiep (Federação das Indústria do Estado do Paraná), João Arthur Mohr. “Uma vez que o Estado deixa de ser o acionista majoritário, não pode ter política pública de incentivo de valor.”
A partir do momento em que uma empresa privada passa a explorar um monopólio natural, que é a distribuição de gás no Estado, destacou Mohr, é de fundamental importância o fortalecimento da Agepar (Agência Reguladora de Serviços Públicos Delegados do Paraná).
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