A direção da Chrysler anunciou que irá suspender a fabricação da picape Dakota, que era montada em sua fábrica em Campo Largo. O anúncio deixou em estado de alerta os trabalhadores, os fornecedores e até o governo do Paraná, que lembrou que em caso de deixar o Estado, a empresa terá que recolher todos os impostos de 1998 para cá, em cota única. A fábrica recebeu incentivos fiscais para se instalar no Paraná.
A empresa ainda não sabe o que fazer com a fábrica depois de parar a produção da Dakota. Estuda a possibilidade de montar um outro modelo com fabricação nacional ou mesmo de importar algum modelo do exterior.
A DaimlerChrysler tem 250 funcionários em Campo Largo e a preocupação deles reflete um nervosismo mundial dos trabalhadores da marca. A empresa já anunciou que deverá demitir 20% da mão-de-obra mundial, o que dá um número próximo de 26 mil demissões.
A fábrica de Campo Largo foi inaugurada em julho de 1998. Só no ano passado produziu 5 mil unidades do Dakota e, destas, 15% foram exportadas para a Argentina. Os investimentos iniciais na unidade foram de US$ 315 milhões. A Chrysler, com uma rede de 26 concessionárias no Brasil, vendeu 6.800 unidades no ano passado.
Leia mais em reportagem de Carmem Murara, na Folha do Paraná/Folha de Londrina desta terça-feira