A primeira ceia de Natal do terceiro governo Lula (PT) terá itens mais caros e consumidores optando por marcas mais baratas.
O preço médio da cesta com produtos típicos registrou alta de 8,9%, em comparação com o ano passado, acima da inflação acumulada em 12 meses (4,82%), segundo pesquisa da Abras (Associação Brasileira de Supermercados) divulgada nesta quinta-feira (30).
Leia mais:
Febraban dá dicas de segurança para evitar golpes nas férias
Obras de ampliação do Aeroporto de Londrina serão entregues na próxima semana
Nubank sugere que clientes poupem em vez de enviar Pix para casas de apostas
Saiba como organizar as finanças para começar o Ano Novo com o ''pé direito''
O preço médio de uma cesta composta por dez produtos aves natalinas, azeite, caixa de bombom, espumante, lombo, panetone, pernil, peru, sidra e tender foi calculado em R$ 321,13 no início deste mês, R$ 26,55 a mais do que os R$ 294,75 de 2022.
A menor variação foi registrada na região Norte, com alta de 4,6%. Já o Sudeste teve o menor valor médio, com a cesta calculada em R$ 316,84, mas registrou a maior alta na comparação com o ano passado, de 12,20%.
O vice-presidente da Abras, Márcio Milan, orienta o consumidor a pesquisar antes de ir às compras, porque há significativas variações de preço em produtos de mesmo tipo e marca.
Um panetone de 400 g de frutas cristalizadas foi encontrado por R$ 17,99 em um estabelecimento, e por R$ 26,99 em outro. Um quilo de uma ave natalina pode variar 41%. Já o azeite de oliva pode até dobrar de preço, segundo a pesquisa. A embalagem do produto da mesma marca, com 500 ml, foi encontrada de R$ 27,29 a R$ 52,99.
Milan afirma que aumentou a participação de marcas mais baratas nos carrinhos de compras. Um exemplo é o arroz, que subiu quase 20% nos últimos 12 meses, e tem 73 marcas que correspondem a 80% do consumo no Brasil ante as do ano passado.
Apesar de a pesquisa apontar preços mais altos, 62% dos supermercadistas projetam alta no consumo em relação ao Natal de 2022. O setor também projeta crescimento de 12% do consumo de bebidas e de 10% no de carnes no Natal. O vice-presidente diz que a renda extra do fim de ano, com o 13º salário, além da antecipação do Bolsa Família e do Auxílio-Gás em dezembro devem contribuir para o resultado positivo.
No acumulado do ano até outubro a Abras registrou alta de 2,64%, acima da expectativa da entidade, de 2,50%. A tendência é de que o crescimento se mantenha em novembro e dezembro, sem atingir o patamar do mesmo período de 2022, quando havia o pagamento do Auxílio Brasil.