No final de 1992, ano em que se consolidaram as primeiras estatísticas sobre a telefonia celular, existiam cerca de 30 mil linhas móveis em funcionamento no país. Consumidores se acotovelavam nas lojas na disputa por aparelhos e acessórios. Somente para ter acesso a uma linha, clientes tinham de pagar, às vezes, mais de US$ 500 dólares.
A realidade mudou bastante em pouco mais de uma década. De cada dez brasileiros, dois dispõem de um celular. Quem pretende habilitar um aparelho consegue em poucos minutos, sem custos e, principalmente, fila. A desburocratização culminou em uma marca vistosa alcançada na semana passada.
Atualmente 38 milhões de linhas estão em operação. O Brasil é o nono do ranking mundial em número de linhas. Conseguiu superar a Espanha, que conta com pouco mais de 36 milhões de linhas. Na dianteira, países como China, com 144 milhões de linhas, Estados Unidos e Japão.
Somente de maio para cá, foram incorporadas 670 mil linhas ao sistema brasileiro. A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) estima que até o final do ano o Brasil conte com 45 milhões de linhas, fechando com um crescimento de 20% em relação a 2002. Já para o final de 2005, a previsão é de que 58 milhões de brasileiros usufruam o serviço.
Cálculos de quanto movimenta o setor, entre fabricação de aparelhos, contas telefônicas e serviços afins são difíceis. No entanto, segundo o consultor e especialista em telecomunicações Andy Castonguay, só no Estado de São Paulo movimentou, no ano passado, aproximadamente R$ 7 bilhões. Além disso, emprega entre 150 mil e 200 mil pessoas, direta e indiretamente.
Fonte: Agência Brasil