O Ibovespa, que reúne as 54 ações mais negociadas da Bolsa de Valores de São Paulo, voltou ao patamar de 13.000 pontos. O índice subiu 2,26%, terminando aos 13.033 pontos. O volume financeiro somou R$ 645,9 milhões.
A decisão do Copom de manter os juros em 26,5% ao ano foi, em geral, bem recebida na Bolsa, apesar das críticas de empresários, políticos e outros que defendiam um corte imediato para tirar a economia da rota da recessão.
Para o economista Alexandre Mathias, do Unibanco Asset Management, a nova bateria de índices de inflação a ser divulgada nas próximas semanas deverá reforçar as apostas de uma redução da taxa em junho.
Ele projeta que a inflação oficial de maio (IPCA) será a menor em 12 meses, de 0,40%. Estima ainda deflação para o IGP-M (entre 0,10% e 0,15%) e para o IGP-DI (0,20%). Mathias prevê um corte do juro entre 0,50 e 1,50 ponto percentual em junho.
"A expectativa é de reduções graduais na taxa de juros", afirma Mathias.
Além da confirmação dos juros inalterados, favoreceu o mercado brasileiro de ações o desempenho do seu carro-chefe, o papel da Telemar, que subiu 2,98%, cotado a R$ 34,55. A ação respondeu por um total de R$ 154,2 milhões ( 28,4% do giro da Bolsa).
A maior valorização do dia ficou com a ação da Cemig, que disparou 5,8%, para R$ 25,19. Com lucro de R$ 151,6 milhões no primeiro trimestre, a empresa tem interesse em comprar as ações da americana AES na Eletropaulo, o que abre espaço para ter negócios fora de Minas Gerais, ou seja, em São Paulo, maior mercado consumidor de energia do país.
Já as ações da Eletropaulo finalizaram em alta de 2,17%, cotadas a R$ 30,10, após serem negociadas em baixa durante o período da manhã, quando o mercado acordou com a notícia de que uma suposta trapaça no leilão de privatização da distribuidora em 98.