Crescimento no mercado
O município de Balsa Nova, na Região Metropolitana de Curitiba, vai sediar uma grande indústria de processamento de alimentos que deverá gerar, segundo expectativa da empresa, 300 empregos diretos e 700 empregos indiretos. A indústria, do grupo francês Satco, promete investir R$ 36 milhões na construção e instalação do complexo industrial que vai produzir açúcar líquido e também pretende entrar no mercado de beneficiamento de café.
A indústria diz que vai fornecer matéria-prima básica principalmente para a indústria de refrigerantes e demais bebidas em geral. Trata-se de um mercado fortíssimo com pouca concorrência, que representa um novo filão a ser explorado. O açúcar líquido facilita o manuseio por parte das indústrias que compram este tipo de matéria-prima porque pode ser introduzido diretamente ao líquido final que se pretende produzir. Trata-se de um produto resultante de novas tecnologias de produção que permite uma agregação de valor ao açúcar. Além disso, permite uma estrutura de logística mais ágil, dispensando grandes investimentos em transportes e contêineres.
A Folha apurou que grupos franceses estão investindo no segmento industrial de agregação de valor ao açúcar. Em São Paulo, eles estão comprando usinas tradicionais já instaladas, em operação. Aqui em Balsa Nova, a Satco vai construir nova unidade, o que leva integrantes do mercado concluir que a empresa poderá fabricar um produto resultante da associação de açúcar líquido ao café.
A indefinição é saber se a matéria prima que vai produzir o açúcar líquido será produzida a partir da cana-de-açúcar, cuja região produtora está distante na região Norte do Estado, ou a partir do milho que permite a produção de um xarope para a indústria alimentícia. A multinacional Corn Products do Brasil, antiga Refinações de Milho Brasil produz esse xarope em Balsa Nova, município que se destaca na produção de milho.
O município de Balsa Nova, com uma população de 10.155 habitantes, tem sua economia fundamentada na agricultura, onde as culturas de milho e soja estão avançando e substituindo as antigas lavouras de batata. Além da Corn Products, o município conta com outra indústria, que é a Companhia de Cimentos Itambé.