A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) autorizou ontem reajuste da tarifa de energia da Copel Geração. O aumento não será sentido pelos consumidores finais, pelo menos num primeiro momento. Ele se dará apenas nas etapas da geração para a distribuição e será contabilizado como aumento de custo para a Copel Distribuição. O novo valor passa a ser de R$ 39,96.
A tarifa de energia para o consumidor já foi reajusta em junho deste ano e, portanto, um próximo aumento só se dará daqui a um ano. O aumento da energia elétrica ocorre uma vez por ano, por determinação da Aneel. A agência autoriza o percentual que será repassado aos consumidores.
A determinação de reajustar a tarifa de geração é consequência do processo de desverticalização da Copel, que foi dividida nas empresas de Geração, Transmissão, Distribuição e Participação em dezembro do ano passado e autorizada pela Aneel, somente no final de junho deste ano. Agora cada setor da Copel é uma empresa independente, inclusive, com diretorias distintas. Mas elas são subordinadas à holding Copel, que até a privatização tem o governo do Estado como acionista majoritário.
A desverticalização da Copel foi uma exigência da Aneel devido ao processo de privatização pelo qual passa a empresa. O governo do Estado tem intenção de vender sua companhia de energia para a iniciativa privada no final de outubro deste ano. Por enquanto, a empresa passa por um processo de modelagem que está sendo feito pelas empresas de consultoria Booz Allen & Hamilton e consórcio Diamante. Elas devem terminar o trabalho no final deste mês.
As empresas interessadas em comprar a Copel terão uma real situação do custo da energia cobrada da Geração para a Distribuição. Segundo a Aneel, a nova tarifa dará aos investidores interessados na privatização uma noção do valor exato da remuneração, no caso da Geradora, e do gasto com a compra de energia, no caso da Distribuidora. As empresas que pretendem comprar a Copel estão tendo a oportunidade de conhecer os detalhes da companhia no "data-room".