A arrecadação federal começou 2022 mantendo o avanço de dois dígitos registrado nos meses anteriores.
O resultado chegou a R$ 235,3 bilhões em janeiro, o que representa um crescimento real de 18,3% em relação a um ano antes.
Esse é o melhor resultado para o mês desde 1995. Segundo a Receita Federal, os dados decorrem da situação dos principais indicadores econômicos –como o maior ritmo de venda em serviços e o crescimento no valor das importações (medido em dólar, valorizado frente ao real).
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O crescimento das receitas federais tem sido usado pelo ministro Paulo Guedes (Economia) como argumento para medidas de corte tributário, como a redução de 25% no IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) que pode custar R$ 20 bilhões para os cofres públicos.
A Receita Federal encerrou 2021 com uma arrecadação recorde de R$ 1,8 trilhão, um aumento real de 17,3% em relação a 2020 -ano mais afetado pela pandemia da Covid-19.
Apesar disso, economistas têm afirmado que a melhora é influenciada pela inflação. Embora o resultado das receitas seja corrigido pelo IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), boa parte dos números escapa desse ajuste. A inflação de 2021 ficou em pouco mais de 10%, mas os preços da gasolina, por exemplo, subiram 47,49%.
Além disso, medidas como cortes de tributos devem, junto com o crescimento das despesas neste ano, aprofundar o déficit nas contas públicas. A projeção mais recente do governo é que o ano termine com um rombo de R$ 76,2 bilhões, mas a estimativa não inclui as medidas em discussão.