Economia

ALL integra Delara e passa a atuar em rodovias

24 jul 2001 às 15:28

A América Latina Logística S/A (ALL) divulgou o arrendamento dos ativos da Delara Ltda., uma das maiores provedoras de serviços logísticos do país, com operações no Brasil, Chile e Argentina. A maior área de atuação da Delara é com o transporte rodoviário, controle de estoques, armazenagem e distribuição.

Com a integração das duas operadoras, a ALL passa a contar com 15 mil quilômetros de vias férreas no Brasil e Argentina, uma frota de três mil caminhões próprios e agregados, 500 locomotivas e 17 mil vagões, além de cerca de 5 mil colaboradores diretos. A expectativa é de alcançar um faturamento superior a R$ 1 bilhão no ano que vem.


O presidente da ALL, Alexandre Behring, não quis revelar os valores do processo de arrendamento de ativos da Delara Ltda. Ele justificou que os próprios sócios pediram sigilo comercial. A ALL - que até então operava principalmente no transporte ferroviário de grãos e produtos agrícolas, petróleo e derivados - irá atuar agora em outros segmentos, como transporte de material pesado, de contêiner.


Os setores em que a Delara mais atua são os de bebidas, gases, indústria petro-química, auto-peças e combustíveis. "Estamos expandindo. No futuro poderemos atuar também em modais aéreos e marítimos", argumentou.


O faturamento anual da Delara Ltda. estava na ordem de R$ 200 milhões por ano. As duas empresas juntas deverão fechar este ano com um faturamento de R$ 850 milhões. "A ALL está ganhando muito com esta parceria. Desde a capacidade de atuar em outros serviços, como o rodoviário e de distribuição até a ampliação da nossa cobertura geográfica para todo o Brasil. Anteriormente íamos até São Paulo apenas", explicou Behring.


O presidente da Delara Brasil, Wilson Ferro de Lara, passa a ocupar o cargo de presidente do Conselho de Administração da ALL. Para Lara, a parceria irá consolidar a empresa como uma das dez maiores do Paraná e líder absoluta na América Latina no ramo de logística. "Estamos agregando o máximo de valores. Somos agora um provedor de serviços logísticos", observou.

Apesar da crise Argentina, a expectativa da empresa é a de crescer 10% este ano. No Brasil, o crescimento deverá ficar entre 30% e 37%.


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