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Crise

Acil aponta que consumidor está com dificuldades de pagar dívidas em Londrina

Pedro Moraes/Grupo Folha
06 abr 2021 às 09:28

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- Pixabay
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O Sistema de Proteção ao Crédito da ACIL (Associação Comercial e Industrial de Londrina) aponta um aumento no número de pessoas que não conseguiram arcar com suas dívidas em março. Os dados em comparação com o mesmo período no ano passado – período em que ficou marcado pelo início da pandemia da Covid-19 – apontam que o número de negativados registrado ficou 9% maior. No entanto, analisar os dois períodos, com momentos tão diferentes, faz com que o resultado seja até positivo. "Em março de 2020, tínhamos um cenário de recuperação. A cidade aumentava os empregos. Hoje, um ano depois, a situação é mais delicada, mesmo que tenhamos recuperado parte dos postos perdidos, o saldo em dezembro foi de 420 postos a menos do que no início do ano passado. Havíamos perdido 5.000 postos de emprego, numa base que já estava enxugada. Diante dessa situação, o resultado nem é tão ruim”, aponta o economista Marcos Rambalducci, consultor da ACIL.


Um reflexo dessa comparação pode ser observado quando a confrontação se amplia para o primeiro trimestre deste ano ao de 2020, no qual aponta que o número de consumidores negativados foi 15% menor. É preciso levar em consideração que a população faz uso da linha de crédito direto nas lojas normalmente é de poder aquisitivo mais baixo e que esses indicativos não incluem gastos com cartões de crédito. Essas pessoas tendem a ser mais conservadoras num momento de crise como a que enfrentamos atualmente. "A autoconfiança em se tornar inadimplente é levada em consideração. A população mais pobre, quando perde o crédito, fica numa situação muito mais complicada. Por outro lado, o desemprego atingiu as classes mais baixas. Essas pessoas que ficaram empobrecidas não vão comprar televisão e geladeira, a prioridade é comprar arroz e feijão”, esmiúça Rambalducci.

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