O IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) lançou nesta sexta-feira (10) a primeira pesquisa sobre as associações sem fins lucrativos, o chamado terceiro setor. O objetivo é traçar um retrato de um dos segmentos que mais cresce no país.
Segundo o estudo, o país possui 276 mil instituições privadas e sem fins lucrativos, que empregam 1,5 milhão de pessoas, pagando salários e outras remunerações no valor de R$ 17,5 bilhões.
Estas organizações têm, em comum, serem, ao mesmo tempo, voluntárias, autônomas e privadas, formadas por cidadãos que se reúnem livremente em torno de objetivos comuns.
A região Sudeste concentra 44% das fundações privadas e associações sem fins lucrativos, sendo que apenas São Paulo (21%) e Minas Gerais (13%) reúnem um terço das organizações existentes no Brasil.
O IBGE destaca que as instituições são organizações muito pequenas e com grande participação de entidades religiosas. Cerca de 77% delas não têm sequer um empregado e, por outro lado, cerca de 2.500 entidades (1% do total) absorvem quase um milhão de trabalhadores.
O estudo constata ainda a repercussão dos movimentos sociais mais recentes, que se refletiram no grande aumento das entidades ligadas ao meio ambiente e à proteção animal, na última década, passando de 389 entidades em 1996, para 1.591 em 2002.
A pesquisa também registra que a média de remuneração dos trabalhadores destes segmentos é maior que a dos empregados em geral.
Em 2002, a média de remuneração dos trabalhadores nas empresas sem fins lucrativos era de 4,5 salários mínimos mensais, ligeiramente superior à média dos assalariados das empresas em geral (públicas, privadas lucrativas e não-lucrativas), que era de 4,3 salários por mês.
Fonte:IBGE