Os vereadores de Londrina vão votar, nesta quinta-feira (29), se abrem ou não uma CP (Comissão Processante) contra a parlamentar Mara Boca Aberta (sem partido). A defesa da vereadora foi protocolada no último dia 15.
A parlamentar enfrenta três representações no Legislativo. A mais antiga é a de n° 6/2021, assinada pela enfermeira Regina Maria Amâncio. Ela acusa a vereadora de nepotismo por, supostamente, ter contratado como assessora de gabinete a sua nora. Essa denúncia foi arquivada ainda em 2021, mas foi reaberta e acatada pela CML.
Já as outras duas representações são de 2023. O jornalista José Antônio Pedrialli assina a de n° 1/2023, que acusa a vereadora de quebra de decoro parlamentar ao apresentar emenda ao PL (Projeto de Lei) n° 224/2021 - alterador da Lei da Cidade Limpa - “para benefício próprio”; a última é a representação de n° 2/2023, de João Miguel Fernandes Filho, por “possível ato criminoso diante da Justiça Eleitoral", "malversação de recursos públicos do Fundo Especial de Financiamento de Campanha e abuso de poder em campanha eleitoral” e "favorecimento pessoal de terceiro nomeado como assessor parlamentar da vereadora".
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Em entrevista à FOLHA, Mara diz que “voto é político” e que sua expectativa “não é tão boa” para a votação no plenário. “Politicamente, eu não sou vista como Mara; sou vista como Boca Aberta [fazendo referência ao marido, Emerson Petriv, que é ex-deputado federal]”, pontuando que é uma vereadora atuante, mas que alguns “me acham política”.
Mara nega qualquer irregularidade nos três casos. Na acusação de nepotismo, ela diz que a denúncia já foi arquivada pela Mesa Executiva, em 2021, e pelo Judiciário. “A segunda, da Lei Cidade Limpa, nem sequer minha emenda passou”, aponta. “E a terceira não diz nada a respeito da Câmara. Minhas contas [da última eleição, em 2022] foram aprovadas. Tudo certo com a Justiça Eleitoral.”
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