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Com lacuna no mercado, empresários negros aquecem mercado com produtos identitários

22 nov 2021 às 08:39

Mesmo com a maior parte da população total do Brasil sendo autodeclarada preta ou parda, o mercado de trabalho tem ignorado profissionais negros de alto nível e empresas de diferentes setores, têm ignorado o poder de compra do consumidor negro no Brasil. De acordo com uma pesquisa realizada pela Instituto Locomotiva, ao todo, a população negra brasileira movimenta cerca de R$ 1,7 trilhão ao ano.


Mesmo com um poder de compra que aquece a economia do país em mais de 1 trilhão de reais ao ano, 72% dos consumidores negros consideram que as pessoas que aparecem nas propagandas de produtos são muito diferentes deles e 82% gostariam de ser mais ouvidos pelas marcas.


Dados do IBMEC (Instituto Brasileiro de Mercado de Capitais), também apontam que 10% dos ricos brasileiros são negros. Os números são evidentes e demonstram que poder de compra e demanda de mercado é o que não faltam para que empresas comecem a desenvolver produtos que atendam essa parcela da população. 


Neyde Jordão é natural de São Tomé e Príncipe, na África Central, e está no Brasil desde 2004, quando veio para fazer um intercâmbio universitário na UEL (Universidade Estadual de Londrina). Foi no campus da universidade que Neyde notou o quanto seu estilo e formas de usar o cabelo eram vistos como diferentes, enquanto em sua terra natal sempre foi algo comum.


O Afro Londrina é um salão que além de oferecer serviços para cabelo, vende, por atacado e varejo, a matéria-prima para que outras trancistas possam encontrar a variedade de produtos que precisam para trabalharem e há dois anos, o local também passou a oferecer um espaço com acessórios, itens de decoração e roupas com estampas e elementos africanos. 


Na Folha de Londrina, saiba mais sobre a trajetória desta e de outro empreendedor.



 

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