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Alta nos preços

Com encarecimento, Brasil tem menor consumo de carne vermelha em 26 anos

Folhapress
07 out 2021 às 09:37

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- Pixabay
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A carne vermelha acumula alta de 30,7% em 12 meses, segundo os dados mais recentes do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Com alta da inflação e 14,1 milhões de desempregados, o consumo do alimento diminuirá em quase 14% em 2021, se comparado a 2019, antes da pandemia.


É o menor nível registrado para consumo de carne bovina no Brasil em 26 anos, aponta a série histórica da Conab (Companhia Nacional de Abastecimento), com início em 1996.

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A alta dos preços também obriga brasileiros a procurar substitutos para a carne, mesmo que os alimentos sejam menos nutricionais. É o caso das famílias que recorrem ao pé, pescoço e miolos de galinha. Comerciantes também sentiram a alta na compra de miojos.

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A professora da faculdade de Engenharia de Alimentos da Universidade de Campinas, Glaucia Pastore, afirmou que "grande parte da população está consumindo não atingem os preceitos nutricionais adequados ou talvez a quantidade não seja adequada".

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Comer para subsistir, diz ela, tem consequências: "A população tem mais possibilidades de adquirir doenças virais ou outras crônicas não transmissíveis, como diabetes, cardiopatias, câncer, que se prolongam por toda a vida, impossibilitando de trabalhar".


Até o final de 2020, 116,8 milhões de brasileiros viviam em situação de insegurança alimentar e 19 milhões passavam fome, segundo uma pesquisa de rede PENSSAN.


Outro dado recente é de uma pesquisa do Datafolha, que aponta que 85% dos entrevistados diminuíram o consumo de algum alimento em 2021. Destes, 67% reduziram a carne vermelha. Outros 35% citaram o arroz e feijão, base da alimentação do brasileiro.


Carlos Cogo, diretor da consultoria de agronegócios Cogo, prevê que as pressões sobre os alimentos permanecerão pelo menos até 2022-2023.

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