Um problema de segurança foi relatado no WhatsApp, fazendo com que a empresa solicitasse que seus usuários atualizassem o app. A falha permitia que hackers instalassem um spyware em alguns aparelhos, acessando arquivos e dados tanto em sistema IOS (Apple) ou Android (Google).
A vulnerabilidade foi descoberta no início do mês de maio e logo uma nova atualização foi lançada para o aplicativo para correção da falha. Para que o roubo de dados fosse realizado, os hackers faziam uma ligação por meio do WhatsApp e mesmo que o destinatário não atendesse a chamada, um programa de spyware era instalado no smartphone e logo a chamada desaparecia no histórico do aparelho.
Estima-se que os números foram escolhidos de forma específica e dezenas de telefones foram hackeados com o programa, que a princípio não se trataria de invasões de larga escala.
Entre as vítimas dos ataques, estavam envolvidas as organizações de direitos humanos dos Estados Unidos. O Citizen Lab, um grupo de pesquisa da Universidade de Toronto, disse no Twitter que acredita que hackers tentaram atacar um advogado especializado em direitos humanos no domingo usando essa falha de segurança, mas o WhatsApp os impediu.
Um dos maiores suspeitos pelos ataques ocorridos na rede social, é o NSO Group, empresa com sede em Israel, acusada de ajudar governos do Oriente Médio e até mesmo o México a espionar jornalistas e ativistas.
O grupo ganhou notoriedade em 2016, quando a empresa foi acusada na espionagem de um ativista dos Emirados Árabes Unidos. O produto mais famoso é o Pegasus, que permite seu usuário acessar a câmera e o microfone de um determinado aparelho, acessando assim, seus dados. A empresa afirma que só faz a venda do software para governos com o intuito de "combate ao terrorismo".
Com informações da AFP