Com a reforma do ensino médio, aprovada em 2017, o presidente Michel Temer pretende liberar até 40% da carga horária total do ensino médio para ser realizado a distância, informou, nesta terça-feira (20), o jornal "Folha de São Paulo".
Segundo a publicação, a nova regra, que tentou ser incluída em decreto à época da aprovação da reforma, autoriza que qualquer matéria escolar seja passada aos estudantes à distância. Caso a medida seja, pontualmente, aprovada agora, os alunos que estiverem no ensino médio poderão ficar dois dias por semana fora da sala de aula.
De acordo com os defensores da proposta, a medida visa experimentar novos recursos para serem utilizados na educação.
No entanto, o plano do governo federal já causa polêmicas entre os especialistas, que afirmam que a proposta irá danificar ainda mais a educação da rede pública do país.
Ao todo, o Brasil possui 6,9 milhões de matrículas efetuadas no ensino médio de escolas públicas. Porém, cerca de 1,7 milhão de estudantes entre 15 a 17 anos já abandonaram os estudos.
Conforme a lei da reforma, 60% da carga horária deve ser destinada a conteúdos comuns. Já os outros 40%, podem ser escolhidos pelos estudantes para se aprofundarem em linguagens, matemática, ciências da natureza ou ciências humanas. (Ansa)