A Polícia Civil realizou nesta terça-feira (20), uma operação contra uma quadrilha que lucrava com doações para vítimas do desastre climático no Rio Grande do Sul. Dois homens, de 28 e 30 anos, foram presos na zona leste de São Paulo. Outros oito mandados de busca e apreensão eram cumpridos pela manhã.
Segundo as investigações, a dupla criou um site oferecendo distribuição de água por caminhões-pipa nas cidades gaúchas afetadas pelas enchentes. Eles solicitavam doações financeiras, mas não prestavam o serviço prometido. Estima-se que o golpe tenha rendido cerca de R$ 50 mil aos criminosos.
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A Polícia Civil do Rio Grande do Sul, com apoio da 2ª Delegacia de Polícia da DCCiber (Divisão de Crimes Cibernéticos do Deic (Departamento Estadual de Investigações Criminais) de São Paulo, investigou e cumpriu os mandados contra os suspeitos que atuavam em São Paulo.
A operação conta com pelo menos 30 policiais da DCCiber. Computadores e celulares foram apreendidos. O caso foi registrado na Divisão de Crimes Cibernéticos, onde os dois suspeitos permanecem presos.
Doações falsas
Nos primeiros dias da tragédia, a UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro) identificou 351 anúncios fraudulentos realizados por 186 anunciantes entre os dias 6 e 8 de maio.
As propagandas eram impulsionadas por ferramentas pagas de redes sociais com pedidos de doações para vítimas das enchentes. Segundo a análise, páginas usaram celebridades e pessoas reais para aplicarem os golpes.
Em um dos anúncios, um usuário do Facebook exibiu falas do governador Eduardo Leite (PSDB) com links que levam a uma arrecadação ao site da Vakinha, em que qualquer pessoa pode iniciar campanhas para arrecadação de verbas. No total, foram 324 anúncios veiculados ao site.
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