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QR Codes

Suposto golpe do adesivo falso faz ciclista alugar bicicleta para outro pedalar

Yuri Eiras - Folhapress
10 set 2024 às 14:45

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- Lúcio Bernardo Jr./Agência Brasília
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Usuários cariocas das bicicletas compartilhadas Tembici, disponíveis sob aluguel em capitais como Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Curitiba e São Paulo, denunciam um suposto golpe em que adesivos com QR codes falsos são colados sobre os originais.

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Segundo relatos, a alteração faz com que quem tenta pagar para destravar as bicicletas acabe ativando o aluguel de outra pessoa.

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O suposto golpe, de acordo com usuários, acontece em estações Tembici na Tijuca, zona norte do Rio de Janeiro.

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Procurada, a Tembici, responsável pelo serviço, afirmou que tem conhecimento de ações do tipo e que "diariamente faz a conservação das estações e verificação dos QR Codes para garantir o perfeito funcionamento de suas instalações". A empresa não informou se casos foram registrados em outras cidades.

A Tembici disse também que está instalando "QR Codes autodestrutivos" nas bicicletas, "que ao serem retirados se rasgam e perdem a validade".

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A Polícia Civil afirmou que não investiga o suposto golpe porque não houve qualquer registro de ocorrência sobre a ação.


Leandro Alves, 28, tentou utilizar uma estação localizada na Tijuca no último final de semana, mas não conseguiu de primeira. Ao acessar o QR code para pagar o valor de R$ 6,90 que lhe daria direito a uma viagem de até 15 minutos, a bicicleta não ficou ficou disponível.

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"Tentei acessar o QR code e achei que tinha alguma relação com a minha internet. Usei os dados móveis da minha namorada e nem assim destravou. Peguei uma outra bicicleta que estava ao lado e tinha o código funcionando. Mas tenho a impressão de que paguei pela bicicleta que não funcionou e caí no golpe sem perceber", disse.

O aluguel das bicicletas funciona através de um aplicativo para celular. A ferramenta disponibiliza um mapa online com os endereços das estações e a quantidade de bicicletas livres em cada uma delas. Através do aplicativo o usuário pode pagar R$ 6,90 para uma viagem única de 15 minutos - com mais R$ 0,50 a cada minuto extra - ou adquirir planos mais duradouros, com desconto.

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Assim que o pagamento é concluído, a bicicleta destrava do suporte em que fica acoplada e fica disponível. Quando o tempo acaba, o usuário precisa devolver a bicicleta na estação mais próxima.

A outra opção de pagamento é acessar o QR code colado em cada uma das bicicletas. Usuários que afirmam ter caído na fraude dizem que os códigos falsos, colado sobre os originais, destravam bicicletas em outros pontos.

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Contudo, como não houve registro de ocorrência e não há investigação, a Polícia Civil não confirma a dinâmica da fraude.

A empresa disse que orienta usuários a observar que a retirada e a devolução das bicicletas só são confirmadas após a luz verde ser acesa e um sinal sonoro ser emitido, garantindo assim o uso e travamento do equipamento.

A Tembici afirmou ainda que todas as bicicletas são monitoradas e que na maioria dos casos aquelas que são extraviadas são recuperadas, pois 100% da frota possui GPS.


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