Pesquisar

Canais

Serviços

Publicidade
Publicidade
Publicidade
Saiba mais

STF volta ao julgamento sobre marco temporal de terras indígenas

André Luiz Richter - Agência Brasil
30 ago 2023 às 10:14
- Joédson Alves/Arquivo Agência Brasil
siga o Bonde no Google News!
Publicidade
Publicidade

O STF (Supremo Tribunal Federal) retoma nesta quarta-feira (30) o julgamento do processo a respeito da constitucionalidade do marco temporal para demarcação de terras indígenas.


Em junho de 2023, o julgamento foi suspenso depois de pedido de vista feito pelo ministro André Mendonça, que teve até 90 dias para devolver o processo para julgamento, conforme regras internas do Supremo.

Cadastre-se em nossa newsletter

Publicidade
Publicidade


O placar está em 2 votos a 1 contra o marco temporal. Edson Fachin e Alexandre de Moraes se manifestaram contra o entendimento, e Nunes Marques, a favor.

Leia mais:

Imagem de destaque
Nova ferramenta

Dona do ChatGPT e plataforma brasileira criam IA para alunos com deficiência

Imagem de destaque
Anúncio feito por ministro

Implementado em 2020, governo quer extinguir o saque-aniversário do FGTS

Imagem de destaque
Insalubre

Atrasado e sem dados, Brasil sofre com falta de protocolos para poluição

Imagem de destaque
STF

Gilmar Mendes pede vista e adia julgamento de liberdade de Robinho


Faltam votar os ministros André Mendonça, Cristiano Zanin, Luís Roberto Barroso, Dias Toffoli, Luiz Fux, Cármen Lúcia, Gilmar Mendes e a presidente do tribunal, Rosa Weber.

Publicidade


No julgamento, os ministros discutem o chamado marco temporal. Pela tese de proprietários de terras, os indígenas apenas teriam direito às terras que estavam em posse deles no dia 5 de outubro de 1988, data da promulgação da Constituição Federal, ou que estavam em disputa judicial na época. Os indígenas são contra.


O processo que motivou a discussão trata da disputa pela posse da TI (Terra Indígena) Ibirama, em Santa Catarina. A área é habitada pelos povos Xokleng, Kaingang e Guarani, e a propriedade de parte da terra é questionada pela procuradoria do estado.

Publicidade


Críticas


O ministro Alexandre de Moraes proferiu o último voto sobre o marco temporal antes da interrupção do julgamento, em 7 de junho. Ele votou contra a tese. Para Moraes, o reconhecimento da posse de terras indígenas independe da existência de um marco temporal baseado na promulgação da Constituição de 1988.

Publicidade


No entanto, o ministro votou para garantir aos proprietários que têm títulos de propriedades em terras indígenas o direito de indenização integral para desapropriação.


Moraes ainda definiu qu, se o governo federal não conseguir reaver a terra indígena, será possível fazer a compensação com outras terras equivalentes, "com expressa concordância" da comunidade indígena.

Publicidade


O voto dele é criticado por organizações que atuam em defesa de indígenas. Para a Apib (Articulação dos Povos Indígenas do Brasil), a tese é "desastrosa" e pode inviabilizar as demarcações.


"Conclui-se que a proposta do ministro Alexandre de Moraes prejudica a proteção do direito constitucional indígena. Além do mais, coloca sobre os povos indígenas o peso de suportar os erros históricos cometidos pelo próprio Estado brasileiro, na medida em que a garantia dos direitos fundamentais sob suas terras de ocupação tradicional passará a depender da existência de recursos financeiros por parte do Estado brasileiro", declara a entidade.

Publicidade


O Cimi (Conselho Indigenista Missionário) também discordou do entendimento de Moraes. Para o Cimi, a possibilidade de indenização ou compensação de território vai aumentar os conflitos no campo.


"Como poderia a União pagar, na forma de indenização, por uma terra que já é de sua propriedade? Respondemos: isso seria inimaginável, porque essa figura é inexistente e não há nenhuma margem para que o nosso universo jurídico constitucional a admita", diz o conselho.

Publicidade


Mobilização


A Apib convocou uma mobilização nacional para defender a derrubada da tese. Hoje e quinta (31), a entidade pretende acompanhar o julgamento em Brasília. 


Na semana passada, o coordenador jurídico da entidade, Maurício Terena, esteve em Genebra, na Suíça, e se reuniu com representantes da ONU (Organização das Nações Unidas) para impedir retrocessos.


"Solicitamos uma manifestação das Nações Unidas, para que qualquer tentativa de conciliação que restrinja o direito dos povos indígenas à terra seja considerada uma violação aos tratados internacionais de direitos humanos dos quais o Brasil é signatário", pontuou.


Imagem
Londrina terá observação da Super Lua Azul com o Gedal
Para acompanhar essa belíssima Lua Cheia de Perigeu, o Gedal (Grupo de Estudo e Divulgação de Astronomia de Londrina) irá se reunir na Praça Nishinomiya
Publicidade

Últimas notícias

Publicidade