Com mais seis casos durante a noite de ontem (5) e a madrugada de hoje (6), chega a 60 o número de ataques, desde o último dia 30 de janeiro, em 18 municípios de Santa Catarina. As ocorrências tiveram início por volta das 17h30 no bairro Caeira do Saco dos Limões, na capital. Depois de quatro dias sem que fossem registrados incidentes em Florianópolis, um ônibus da empresa de transporte urbano Transol foi incendiado. Um atentado à casa de um agente penitenciário e veículos incendiados também foram contabilizados como ataques.
O município de Chapecó, no oeste do estado, sofreu dois ataques ontem. Por volta da 1h, a casa de um agente prisional foi atingida por um artefato explosivo. O carro e o muro da casa foram danificados, mas ninguém ficou ferido. Quase no mesmo horário, um ônibus de transporte coletivo, que estava abandonado, foi destruído pelo fogo, na Avenida Getúlio Vargas.
Em São José, na região metropolitana, um homem colocou fogo no pneu de ônibus, por volta das 23h. O proprietário conseguiu controlar o incêndio, fazendo com o veículo não fosse inteiramente danificado. Cerca de uma hora depois, no município de Tubarão, um semirreboque foi parcialmente incendiado. A Polícia Militar (PM) informou que, nas proximidades do veículo, foram avistados três homens que saíram do local assim que as chamas começaram. Tubarão, que fica no sul do estado, sofreu o segundo ataque em dois dias seguidos.
Na cidade de Indaial, ao norte da ilha, a garagem de ônibus da Empresa Rainha foi alvo de ataque com três coquetéis molotov, dos quais um explodiu, segundo a PM. Somente a parte externa de um ônibus foi queimada. A polícia informou ainda que uma testemunha viu dois homens em uma moto próximo no momento da ocorrência. Os suspeitos ainda não foram identificados.
O governador de Santa Catarina, Raimundo Colombo, informou que estará em Brasília hoje (6) em audiência com o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo. A assessoria do ministério, no entanto, não confirmou a agenda. Entre os assuntos que o governador pretende abordar está a transferência de presos do estado para penitenciárias federais.