O juiz federal Sérgio Moro, responsável pelos processos da Operação Lava Jato, enviou ofício a um dos bancos onde Paulo César Ramos Roxo possui conta autorizando o bloqueio de ativos financeiros do ex-assessor do ex-senador Gim Argello. Os dois são investigados na 28ª fase da Lava Jato. O despacho foi assinado na última quarta-feira (20).
No último dia 12, Moro autorizou o bloqueio de R$ 5,35 milhões das contas de Gim Argello e de Paulo César. No entanto, segundo Moro, o Banco Itaú Unibanco informou que a conta do ex-assessor que constava no pedido não possuía "saldos passíveis de bloqueio" via Bacen Jud (sistema que interliga a Justiça ao Banco Central e às instituições bancárias).
A instituição também solicitou "informações a respeito da necessidade de que sejam promovidos bloqueios de ‘créditos futuros e líquidos disponíveis, bem como sobre ativos financeiros não alcançados pelo sistema Bacen Jud’", informou Moro em despacho do dia 18 de abril.
Na mesma ocasião, o juiz disse que o bloqueio via Bacen Jud "foi pouco exitoso" alcançando o valor de pouco mais de R$ 6 mil e determinou que "devem ser bloqueados todos os ativos financeiros de Paulo Cesar Ramos Roxo, atualmente existentes e não abarcados pela constrição via Bacen Jud".
Moro disse que os "créditos futuros e líquidos disponíveis" não deverão ser bloqueados, "o que implicaria no congelamento absoluto das contas, medida excessivamente drástica".