Os policiais federais do Paraná estão aderiram à greve nacional da categoria, deflagrada nesta terça=feira (7), por tempo indeterminado. Segundo o presidente do Sindicato dos Policiais Federais no Estado do Paraná (Sinpef-PR), Fernando Augusto Vicentine, a intenção é predicar "o menos possível" a população.
O movimento afeta principalmente as operações nas fronteiras e aeroportos, onde os policiais realizam operação-padrão, ou seja, intensificam a fiscalização. A operação acontece nas duas pontes de Foz do Iguaçu [que ligam o Brasil ao Paraguai e à Argentina]. No Porto de Paranaguá, a categoria também suspendeu a entrega de Passes aos tripulantes de navios que atracam no perto, o que impede que eles desembarquem.
Na sede da Polícia Federal (PF), em Curitiba, de acordo com Vicentine, os cerca de 120 policiais que trabalham no local aderiram à paralisação. Com isso, todas as investigações foram paralisadas. A emissão de passaportes também é afetada. "Normalmente emitimos uins 500 passaportes por dia, hoje não vão sair 200", diz.
De acordo com o presidente do Sindicato, por volta de 10 horas desta quarta-feira (8), está previsto um ato simbólico de entrega das armas e distintivos em frente à sede. "Vamos colocar tudo em uma viatura, guardar em um cofre e cruzar os braços definitivamente", afirma ele.
Entre os serviços da PF que serão afetados pela greve estão a emissão de passaportes, a fiscalização de empresas de vigilância, a liberação de portes de armas e o atendimento a estrangeiros.
A categoria reivindica reestruturação salarial e da carreira dos agentes, escrivães e papiloscopistas. O salário inicial desses três cargos é R$ 7,5 mil, o equivalente a 56,2% da remuneração dos delegados, cujo vencimento de início de carreira é R$ 13,4 mil. O movimento também defende a saída do atual diretor-geral da corporação, Leandro Daiello Coimbra. A última greve nacional da PF ocorreu em 2004 e durou cerca de dois meses.