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Operação Paraíso Fiscal

PF prende auditor da Receita que tentava retirar passaporte falso

Agência Estado
07 mai 2014 às 15:34

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A Polícia Federal prendeu no final da tarde desta terça-feira, 6, o auditor da Receita Federal José Cassoni, por uso de documento falso. A prisão de Cassoni ocorreu na sede da PF, em Volta Redonda (RJ), quando ele tentava tirar um passaporte com nome frio.

Ao efetuar pesquisa de antecedentes do auditor, a PF constatou que ele estava com a prisão preventiva decretada desde 10 de abril de 2012. Cassoni foi alvo da Operação Paraíso Fiscal, investigação integrada da PF, da Procuradoria da República e da Receita em SP que desbaratou em 2011 um esquema de venda de fiscalizações e fraudes no ressarcimento de tributos por um grupo de auditores fiscais na delegacia da Receita no município de Osasco (SP).

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Na época, os policiais apreenderam na residência de Cassoni, acusado de integrar o grupo, em Alphaville (Grande São Paulo) R$ 2,5 milhões e US$ 2,5 mi em dinheiro vivo dentro de caixas de leite.
Desde abril de 2012, quando o Tribunal Regional Federal da 3ª Região (TRF 3) derrubou liminar que o favorecia, Cassoni era procurado pela Polícia Federal. Ele deve ser transferido ainda nesta quarta para a penitenciária Ary Toledo, no Rio.

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Maior apreensão da PF. A Paraíso Fiscal foi deflagrada em 4 de agosto de 2011, quando seis auditores, um doleiro e dois familiares de fiscais foram presos. A PF apreendeu R$ 12,9 milhões em dinheiro vivo com os auditores. O dinheiro estava oculto em caixas de leite, fundos falsos de armário e no forro da casa de um acusados, no condomínio residencial Alphaville, Grande São Paulo.
Na ocasião, foi a maior apreensão de dinheiro em espécie que se tem notícia numa operação da Polícia Federal.

Na época, a Justiça Federal determinou o sequestro de imóveis e a apreensão de 13 veículos de luxo, propriedade dos acusados. Ordenou também o bloqueio das contas bancárias mantidas por eles no Brasil e no exterior. Através de pedido de cooperação internacional, o Ministério Público Federal obteve o bloqueio de US$ 2,1 milhões mantidos clandestinamente por um dos auditores em conta de empresa offshore.


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