Autoridades brasileiras monitoraram a presença de extremistas islâmicos sunitas no País nos últimos anos, chegando a deter, em 2007, um suposto simpatizante extremista no Estado de Santa Catarina - revelou um dos telegramas da Embaixada dos Estados Unidos em Brasília aos EUA, divulgado pelo website WikiLeaks, que vazou ontem mais de 250 mil documentos classificados do governo americano de contatos diplomáticos com o Departamento de Estado, no mundo inteiro.
"Policiais brasileiros monitoram ativamente a presença de vários supostos extremistas sunitas, com possíveis laços com grupos terroristas fora do país, os quais podem ser capazes de prestar apoio logístico - através do financiamento, esconderijos, documentos falsos - para ataques terroristas na região ou mais além", diz o trecho de um telegrama da Embaixada dos EUA no Brasil.
"Em 2007, a Polícia Federal do Brasil deteve um potencial extremista sunita, operando principalmente no Estado de Santa Catarina, por ele não ter declarado quanto dinheiro tinha quando entrou no país, e está em processo de deportá-lo. Também em 2007, a Polícia Federal brasileira estourou uma rede de falsificação de documentos no Rio de Janeiro, que estava fornecendo documentos falsificados a não brasileiros, entre eles suspeitos do tráfico internacional de drogas", diz o telegrama, revelando a prisão do suposto extremista - cujos nome e nacionalidade não foram divulgados.